Abrindo e fechando portas na hora exata

Texto: Êxodo 14.15-31

Muitas histórias bíblicas são estonteantes e têm desfechos surpreendentes, todavia, uma me parece ser a mais espetacular de todas, não só pela narrativa em si, mas, por todo o enredo que a envolve antes, durante e depois: a travessia do Mar Vermelho. Não há nada semelhante na História mundial. Eu já estive diversas vezes em frente ao mar, e tenho medo de entrar até na parte rasa, pois, sou um péssimo nadador. Por isso, sempre tento imaginar o que se passou na mente dos israelitas quando Moisés disse: “Vamos, pessoal!”. Se eu estivesse lá, provavelmente, só iria empurrado pela massa. Ao tentar visualizar a situação, posso até ouvir e ver a gritaria, a correria, o choro, o cansaço, o desespero, e as orações. É óbvio que até quem não acreditava em Jeová passou a orar e a clamar por socorro com todas as forças.

O povo de Israel ficou morando no Egito por 430 anos. No início, nos tempos de José, eles eram 70 pessoas, e chegaram ao país como “convidados”. Mas, com o passar dos séculos, acabaram se tornando escravos, a ponto de, um dia, clamarem por libertação. E Moisés foi o escolhido para essa dura tarefa. Depois de 10 pragas horríveis, os mais de 2 milhões de israelitas, finalmente, pegaram o beco rumo à liberdade. A alegria durou pouco; só até chegarem em frente ao Mar Vermelho, momento em que os murmuradores de plantão começaram seu trabalho. Ali chegara o momento mais difícil da vida de Moisés, mas ele até que se saiu bem. Assim que ele estendeu a mão sobre o mar, veio um vento fortíssimo e abriu milagrosamente o mar, e o povo passou em seco até a outra margem. Os egípcios vieram atrás achando que podiam pegar uma rebarba da bênção do mar aberto, e fazer um tour no seco fundo do mar. Pois, se deram mal. O mar se fechou justamente quando eles estavam lá no meio. Não sobrou um egípcio sequer para contar a história. Aí você me pergunta: “Como isso foi possível?”. Eu não sei. Só sei que foi assim!

A meu ver, o lance mais incrível dessa história foi Deus abrir e fechar o mar na hora “exata”. Não houve atraso na abertura e nem houve atraso no fechamento do mar. O cálculo foi perfeito. Isso mostra o controle que Deus tem sobre as situações que envolvem a vida dos seus filhos. Não à toa Paulo afirma que, “Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam o Senhor” (Romanos 8.28). Aí você me pergunta: “Por que é assim?”. Eu respondo: “Não sei. Só sei que é assim!”.

Pois saiba você que esse cuidado de Deus permanece até os dias de hoje, quando Ele não se adianta e nem se atrasa em abrir portas de oportunidade para os seus, e nem se adianta e nem se atrasa em fechar as portas que precisam ser fechadas. Ou seja, Deus faz tudo “exatamente” na hora que deve ser.

Por isso, sempre que você for orar, diga: “Deus, em nome de Jesus, no tempo certo, abra as portas que devem ser abertas, e feche as que devem ser fechadas”. Peça nessa direção, porque entrar por portas erradas, muitas vezes, poderá ser um caminho sem volta. De igual forma, insistir onde Deus já fechou as portas poderá ser a ruína de tudo o que você já construiu.