Selo, Cordão e CajadoExemplo

A Bíblia relata que Er, filho de Judá, casou-se com Tamar, mas sua vida foi abruptamente encerrada por Deus devido à sua maldade. Seguindo a lei do levirato, Tamar então se casou com Onã, o segundo filho de Judá. No entanto, Onã adotou uma prática contrária ao propósito da lei, interrompendo o coito de modo a evitar a concepção de um filho com Tamar. Isso desagradou a Deus e Onã também encontrou um fim prematuro.

A razão por trás do comportamento de Onã pode ser compreendida em parte pelo contexto da época e pela importância do direito à herança. Como segundo filho, Onã provavelmente seria o herdeiro principal caso o filho mais velho, Er, não tivesse descendência. Isso criou um conflito de interesses, pois, ao gerar um filho com Tamar, Onã poderia estar abrindo mão de sua posição como herdeiro principal da família.

Essa atitude de Onã representava um obstáculo para o cumprimento das promessas divinas feitas a Abraão, que incluíam a multiplicação de sua descendência através de Judá. No entanto, Judá, apesar de já ter perdido dois filhos, ambos sem deixar herdeiros, relutou em cumprir com suas obrigações para com Tamar. Ele prometeu dar seu terceiro filho, Selá, a Tamar, quando ele atingisse a idade adulta, mas parecia temer que o mesmo destino de seus irmãos recaísse sobre Selá. Em vez de reconhecer que seus filhos haviam sido mortos devido às suas próprias ações, Judá parecia suspeitar de Tamar, rotulando-a como uma "viúva-negra".

Anos se passaram, Selá atingiu a idade adulta, mas Judá não tomou as medidas necessárias para cumprir a Lei e garantir que Tamar fosse devidamente cuidada. Isso revela a complexidade das relações familiares e a falta de compreensão de Judá em relação aos acontecimentos que cercaram sua família.

Pergunta para reflexão:

Que lições podemos tirar da história de Judá, Tamar, Er e Onã sobre responsabilidade familiar, respeito às leis divinas e a importância de enfrentar as consequências de nossas ações?

Como podemos aplicar essas lições em nossas próprias vidas e relações familiares, considerando a complexidade das circunstâncias e o peso das decisões que tomamos?