Fé Acima de TudoExemplo

Em Gênesis 12 Deus fez uma promessa para Abrão. Deus prometeu dar-lhe muitos descendentes, uma terra e fazer dele uma bênção para todas as nações. Ao lermos Gênesis 16 percebemos que anos se passaram e Abrão ainda não viu a promessa de Deus cumprir-se. No entanto, Deus continuou a confirmar Sua promessa a Abrão, fazendo uma aliança com ele e reafirmando a promessa — mas Abrão ainda continuava a esperar.

A primeira vez que a promessa pareceu ameaçada foi quando houve fome na terra. A terra ficou estéril, incapaz de produzir alimento e de prover para Abrão e seu acampamento, muito menos ainda descendentes tão numerosos que seriam impossíveis de se contar. Abrão foi para o Egito e voltou com muitas posses, incluindo servas. Hagar provavelmente era uma dessas servas.

Assim como a terra durante a fome, Sarai também era estéril. Ela não podia ter filhos. Como Deus poderia cumprir Sua promessa de dar muitos descendentes a Abrão se sua mulher não somente era estéril, mas já havia passado da idade de ter filhos? Mais uma vez Abrão duvidou. Novamente, parecia que a esterilidade estava além do que Deus poderia redimir. E mais uma vez Abrão voltou ao Egito em busca de uma solução.

Ao escolher ter um filho com Hagar, Abrão tomou o assunto em suas próprias mãos. Ele sabia o que Deus havia prometido, mas não acreditava que Deus poderia cumprir a promessa sem a sua própria intervenção. Abrão recebeu muitas coisas maravilhosas quando deixou o Egito, mas uma dessas coisas o levou à incredulidade. A bênção de um filho por meio de Hagar era realmente uma coisa maravilhosa, mas não era o que Deus havia prometido. Embora possa ser possível salvar-nos de situações desesperadas (como a fome ou falta de filhos), às vezes coisas maravilhosas não são o melhor de Deus para nós.

Ao observar o resto da história de Abrão nós veremos como a sua falta de fé nessas situações causaram tensão e conflito em sua família. Mas também veremos como o Deus de promessas não permite que nada se coloque no caminho da Sua vontade, nem mesmo nossas aparentes heroicas tentativas de salvar a nós mesmos.