Pecado Grande, Graça Muito MaiorExemplo

Jonas é um livro de paradoxos. Um profeta que acredita no poder de Deus, mas que não consegue imaginar Deus a salvar um povo estrangeiro. Uma mensagem de ira e inferno que salva essa comunidade, mas um profeta que vai para os arrabaldes da cidade com esperança de que Deus destrua os que se arrependeram e colocaram a sua fé em Deus.

Jonas 4 coloca-nos perante a nossa natureza. Quão bons somos? Temos amado Deus e o nosso próximo? Estamos a ser como o irmão do filho pródigo, não reconhecendo a misericórdia de Deus e idolatrando a nossa bondade, a nossa posição perante Deus? Queremos ser salvos à custa dos maus? Somos melhores do que os outros? A salvação pertence a Deus ou é prerrogativa nossa? Apaparicamos a ira divina ignorando a sua salvação?

O capítulo 4 parece-nos uma adenda estranha, ainda mais depois do último verso do capítulo 3.

Jonas entra em depressão, pede a morte, depois de Deus lhe ter dado e tirado a planta que o aliviou do calor. Deus conversa com Jonas, mostrando-lhe que o cuidado e valor que Jonas atribui à planta é menor do que o amor de Deus para com os perdidos.

Temos dado maior importância às nossas bênçãos materiais do que à Palavra e ao poder desta para salvar? De que forma a nossa tristeza é fruto da nossa natureza pecaminosa, da nossa soberba e de uma visão pecaminosa da vida cristã e da soberania de Deus?

Senhor, os nossos corações são maus. Tal como Jonas, somos egoístas e invejosos. Ajuda-nos a ansiar a alegria da salvação para todos ao nosso redor e a sermos pessoas alegres no nosso testemunho. Obrigado pela Tua paciência connosco, em todos os momentos.